Diante do cenário de confirmação de casos de Influenza Aviária, nos países de fronteira com o Brasil, tem preocupado os avicultores. Luiza Coutinho, médica veterinária e chefe da Adapar- Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, unidade de Realeza, concedeu entrevista à Rádio Danúbio Azul nesta terça-feira (07/03), para esclarecer algumas dúvidas e também chamar atenção com os cuidados.
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O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango, sendo o Paraná o maior produtor brasileiro e o maior exportador, responsável por 40% da exportação nacional. Luiza disse, “Se essa doença entrar no Brasil, seria um desastre”, acentuou a veterinária da Adapar, Luiza. Ela reafirmou que até agora não foi confirmado nenhum caso de gripe aviária no País, mas que algum foco em granja comercial em qualquer local afetará o Paraná. “Estamos em alerta total porque os países de fronteira com o Brasil como Uruguai e Argentina, já estão registrando muitos focos, por isso que o nosso pessoal está atento a todas as informações”, disse.
A médica chama atenção em caso de identificar aves mortas, entre em contato com a Adapar para que os profissionais possam dar início a uma investigação sobre a presença do vírus de influenza aviária.
O vírus da influenza aviária pode ser transmitido entre as aves pelo contato direto com fezes, saliva e outras secreções das aves infectadas (vivas ou mortas), alimentos, água, roupas e utensílios contaminados.
O vírus também pode ser transmitido de uma granja para outra pela movimentação de aves vivas, pessoas (especialmente quanto sapatos e roupas forem contaminados), veículos, equipamentos, ração, gaiolas. O vírus da influenza aviária é capaz de sobreviver no meio ambiente, na água, matéria orgânica, dependendo das condições de temperatura e umidade, por um longo período de tempo. Na ocorrência de um foco de influenza aviária é aplicado o Plano de Contingência para Influenza Aviária.
As aves dos estabelecimentos afetados serão sacrificadas e suas carcaças destruídas. As ações de contenção serão executadas pelo serviço veterinário oficial, pois o movimento de aves de origem destes estabelecimentos pode gerar disseminação do vírus no plantel avícola nacional.
Os sinais clínicos podem variar e passar despercebidos, no caso de vírus de baixa patogenicidade. Já no caso de IA de alta patogenicidade comumente se observa: depressão severa; edema facial, com crista e barbela inchada e com coloração arroxeada; dificuldade respiratória com descarga nasal; queda severa na postura; diminuição do consumo de água e ração, igual ou superior a 20%; morte súbita, que pode chegar até 100% do plantel, num período de 48 horas.
Fonte e foto: Rádio Danúbio Azul