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Hepatites virais podem evoluir para cirrose ou câncer

Publicado em quinta-feira, 27 de junho de 2024

O câncer de fígado está entre os 15 mais frequentes no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e as hepatites virais tipos B e C são condições importantes para o desenvolvimento do hepatocarcinoma (HCC), a forma mais comum de neoplasia primária no órgão. Essas infecções virais promovem uma inflamação crônica levando à cirrose, o principal fator de risco para o HCC.

 

A cirrose hepática consiste na substituição do tecido hepático saudável por um tecido cicatricial suscetível a complicações devido à presença de inflamação crônica, estresse oxidativo e proliferação celular desordenada. Entre os fatores que ampliam as chances de ocorrência do hepatocarcinoma também constam o consumo excessivo de álcool, a doença hepática gordurosa não alcoólica, uso de esteroides anabolizantes, exposição a toxinas industriais e aflatoxinas, um tipo de fungo.

 

A hepatite é uma doença silenciosa, por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são importantes. As recomendações incluem a adoção de hábitos saudáveis como evitar o consumo excessivo de álcool, gorduras, manter um peso adequado, praticar atividades físicas, não compartilhar agulhas e realizar consultas médicas regulares.

 

Outra orientação é buscar assistência médica se ocorrer algum contato com sangue e fluidos corporais de outras pessoas, para que sejam tomadas medidas a fim de identificar precocemente a doença, ou no caso da hepatite B, para que sejam administradas medicações profiláticas ou a vacina.

 

“As infecções crônicas pelos vírus das hepatites B e C são responsáveis por mais de 80% dos casos de carcinoma hepatocelular”, afirma a oncologista clínica Noelle Wassano, da Oncoclínicas Curitiba, referindo-se aos dados da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). “A hepatite A não se torna crônica e nem leva à cirrose. Portanto, não está relacionada ao aumento da possibilidade de desenvolver essa neoplasia”, complementa.

 

“É importante lembrar que existe vacinação para hepatite B, recomendada para crianças e adultos em grupo de risco”, destaca a oncologista. “Não existe vacina para hepatite C. Porém, através do diagnóstico e tratamento precoce, é possível reduzir o risco de desenvolver cirrose e câncer em alguns pacientes infectados”, complementa.

 

Fonte: Bem Paraná/ Foto: RDA 95.9 FM

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