A atriz Claudia Raia anunciou no começo desta semana que está grávida do terceiro filho – o primeiro com o marido, Jarbas Homem de Mello. E o anúncio causou rebuliço nas redes sociais, especialmente por conta da idade da artista, que tem 55 anos. Ao mesmo tempo, também chamou a atenção para uma situação que vem ganhando cada vez mais força entre as paranaenses e as brasileiras como um todo: a gestação tardia.
Segundo dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), do Ministério da Saúde, ao longo da última década o número de mulheres com mais de 40 anos dando à luz no Paraná teve crescimento de 42,3%, saltando de 3.651 partos em 2012 para 5.196 em 2021. No Brasil, esse aumento foi ainda mais expressivo no mesmo período (alta de 49,3%), com o número de gestações tardias saltando de 68.361 para 102.030.
Tanto no caso paranaense como no brasileiro, os dados do ano passado apontam para um recorde da série histórica, iniciada em 1994. Ou seja, o número de mulheres engravidando depois do quadragésimo aniversário nunca foi tão grande.
GRAVIDEZ DEPOIS DOS 50 AINDA É MUITO RARA
Ainda que as gestações tardias estejam se tornando muito mais comuns, ainda é raro mulheres com mais de 50 anos conseguirem engravidar, especialmente sem algum tipo de tratamento. No país, por exemplo, são menos de 500 mães a partir dessa faixa etária dando à luz todos os anos. No Paraná, cerca de 20 partos com mulheres quinquagenárias. A própria Claudia Raia, inclusive, contou ter chamado a médica de “louca” ao saber que ela suspeitava de uma gravidez da atriz de 55 anos.
De acordo com o serviço de saúde britânico, o NHS, uma mulher que tem menos de 40 anos e faz sexo regularmente sem usar camisinha ou outros métodos de contracepção tem 80% de chance de vir a engravidar dentro de um ano. Contudo, na medida em que a idade dessa mulher avança, as chances de uma gravidez diminuem. Isso ocorre porque a maioria dos mulheres começa a entrar na menopausa por volta dos 50 anos, quando a menstruação para de acontecer e chega ao final a vida reprodutiva.
O Ministério da Saúde, por sua vez, considera que uma gravidez já pode ser classificada como de risco quando a mãe tem mais de 35 anos, o que requer atenção especial das equipes responsáveis pelo pré-natal e pelo parto.
Fonte: Bem Paraná