O cenário agrícola do Paraná em agosto foi desfavorável, devido a condições climáticas adversas, como secas e geadas. O clima seco favoreceu o aumento da incidência de focos de incêndio na zona rural do Estado. Os dados são do Boletim Agrometeorológico elaborado pelo do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e técnicos do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), com apoio do Simepar.
Com base nos boletins semanais elaborados pelos técnicos do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), é analisada a influência das condições climáticas de agosto sobre as principais culturas agrícolas do Estado.
A colheita do milho foi praticamente concluída em agosto, beneficiada pelo tempo seco. No entanto, devido a estiagem, grande parte das lavouras apresentaram produtividades abaixo da estimativa inicial. Apesar disso, os resultados foram surpreendentes, considerando as condições climáticas adversas enfrentadas ao longo do ciclo da cultura. Iniciou-se a semeadura do milho 1ª safra, com 18% da área já implantada. Os agricultores relataram problemas de germinação e perdas devido às geadas.
Alguns produtores decidiram semear a soja no final do mês, logo após as chuvas, mas a maioria está aguardando melhores condições para intensificar os trabalhos.
A colheita do trigo foi iniciada, mas a produtividade ficou abaixo do esperado. No final do mês, as condições das lavouras no Paraná eram desfavoráveis: apenas 36% foram classificadas como boas, 36% como médias e 28% como ruins. A principal causa desse desempenho insatisfatório foram as condições climáticas adversas, incluindo seca intensa, temperaturas elevadas durante a fase vegetativa e geadas fortes e frequentes em agosto, especialmente nas regiões Sul, Oeste e Sudoeste do Estado, durante a fase inicial de formação dos grãos.
Fonte: AEN/ Foto: RDA 95.9 FM